Mais uma viagem, desta vez o destino encontrava-se mais perto, a nossa vizinha Espanha. Foi em Maio de 2007 e Plasencia fora o local escolhido.
Em plena Primavera, com um clima extremamente agradável e a convidar a uns passeios, a viagem seria agora feita de carro e tinha como tripulantes o Arromba, Inês, Monteiro, Zé, Rafaela, João Pedro e Fight.
Estava dada a partida e viajámos na direcção de Badajoz para depois fazermos uma breve paragem em Cáceres. Hora de beber umas cañas acompanhadas pelas belas tapas, e imediatamente ficámos familiarizados com a expressão essencial: -“Una caña, por favor.. Gracias”. Tempo ainda para um passeio pelas ruas de Cáceres e uma visita ao seu castelo.
Novamente na estrada, a próxima paragem seria após percorrer 80 quilómetros – Plasencia, uma pequena, antiga e tranquila cidade, com bonitas catedrais e imponentes muralhas, desenvolvida na indústria agrícola.
Tendas montadas no camping do Parque Natural de Monfrague, altura então para fazer o reconhecimento da zona, para tal nada melhor do que um rally das tasquinhas.. e que rally.. cañas e tapas é o que se quer. -“Gracias”. Aqui, de cada vez que se pede uma cerveja, oferecem um pequeno petisco para acompanhar, as famosas tapas ou raciones. E se é tradição, quem somos nós para contrariar? Está decidido o nosso jantar, tapas à pala.
Estava-se bem naquela tarde de sol, muito calor, esplanadas, sempre bem servidos do belo refresco de cevada, tapas para todos os gostos(jámon, o famoso presunto que surpreendeu pela superior qualidade, os variados e apetitosos queijos, azeitonas bem temperadas, batatas, frutos secos, saladas, gambas, calamares, sem esquecer a paella e as banderillas. Aqui destaco “La Pitarra del Gordo”, um local de excelência para tapear, pela qualidade das tapas assim como do vinho.
Fez-se noite, já jantados e bem bebidos fomos a um bar, os shots foram o próximo passo. Diga-se que o ambiente não era dos melhores até porque estava quase vazio, mas estávamos ali todos e isso fazia a diferença. Só saímos depois de uma ultima rodada de shots oferecida pelo dono do bar e também ainda houve tempo para fazer um testezinho do balão, numa máquina que existia no bar. O resultado?? 4.0! Das duas uma, ou a máquina marcava mal, ou eu bebo oceanos. É mais fácil acreditar que a máquina estava avariada, mais à frente explico porquê. A condução até ao parque de campismo foi feita em piloto automático. Devo dizer que o piloto ainda se aventurou numa das rotundas de Plasencia. Ao encontrar uma rotunda cujo interior era composto por relva e por um lago com repucho, o piloto dirige o opel para o interior da mesma onde efectua um sem número de piões. Posto isto, o tripulante Zé Tadeia sai da viatura e banha-se no pequeno lago enquanto Monteiro e Rafaela continuam os perfeitos piões. Por sorte correu tudo bem.. Tal não era..
Para o dia seguinte ficara reservado um passeio pelas montanhas. Não resistimos às paragens para apanhar cerejas, fruto predominante nesta zona. Estávamos extasiados pelas paisagens, espantoso. Procurávamos nesta altura um riacho conhecido na zona da Garganta la Olla, onde passaríamos grande parte da tarde, banhando-nos nas suas cascatas, totalmente descontraídos. Que calma, que ambiente, relax, uma pequena amostra de paraíso. No final da tarde, visita à Garganta la Olla, uma aldeia bastante antiga, com uma população maioritariamente idosa, mas bastante acolhedora. Aqui, ficou-nos na memória “La Pitarra del Tio Pedro”, uma taberna tradicional, onde comemos e bebemos o resto da tarde, sempre com uma enorme simpatia e disponibilidade da parte do anfitrião. –“Gracias Tio Pedro” .
À noite, tempo para divagar pelos bares de Plasencia, à imagem do Bairro Alto (quer dizer, em ponto pequeno). A determinada altura, o Fight quis voltar ao bar do dia anterior. Como mais ninguém o queria acompanhar, eu voluntariei-me. O bar estava vazio e nós parecíamos arrependidos, quando o dono do bar logo nos reconheceu e nos convidou para uns shots acompanhados de um interessante diálogo com o staff. Só sei que quando demos por nós estávamos com “o barrete cheio de uvas” e o bar estava agora a abarrotar, era altura de colocar em prática as lições de espanhol recebidas. Não nos portámos muito mal pois não Fight? Sabes quanto é 2x3? :D Recordo-vos agora o porquê de considerar avariada a máquina para controlo de alcoolémia no bar, é que o nosso companheiro Fight nesta noite também ele testou os seus níveis. E quanto é que ele acusou? Pois é, os mesmos 4.0. Coincidência, ou talvez não. Estes meninos bebem muito. Eheh. Fraquinhos! Desta vez a viagem até ao parque foi mais tranquila, não é que me lembre muito bem mas… acho que sim.
Para o dia seguinte, o regresso sereno até casa, com a sensação de dever cumprido.
Una aventura en Plasencia con el Combativo, Arrombadore, D.Ines, Jose, Raphaella, Juan Pedro e Luiz Miguel.. -“7 cañas por favor.. gracias!”