Hoje apetece-me falar da viagem feita em Setembro do passado ano de 2007, foi baptizada como a “Rota Pussycat”: Lisbon-Barcelona-Amsterdam-Barcelona-Lisbon.
Seriam 11 dias de viagem, sempre com a mala às costas, já que este ano a estadia foi quase sempre em hostels diferentes.
Barcelona, sempre ouvi falar muito bem desta cidade capital da província de Catalunha, mas confesso, dito é uma coisa… vista pelos próprios olhos é outra… De Gaudí a Picasso, passando por Miró, das Ramblas ao Passeig de Gracia ou Bairro Gótico… tudo é arte, tudo é surpreendente e encantador nesta cidade mágica que parece ter sido pensada e criada com base na perfeição. A magnificência da noite estende-se pelo brilho do dia.
Nos 4 parcos dias que estive em Barcelona, visitei todos os pontos históricos que consegui, ou melhor, os que me pareceram de maior interesse. Tudo isto sempre com as belas cañas e tapas à mistura, na maior das descontracções e animação.
Deixo então alguns dos pontos que me pareceram de interesse e que aconselho.
·“Avenida Las Ramblas” – Por se tratar de uma avenida/rua que atravessa toda a zona histórica de Barcelona, é interessante caminhar por esta rua, nem que seja para chegar ao ponto histórico que se deseja. É uma rua sempre bastante animada, com os famosos figurantes;
·“Passeig de Gracia” – Uma avenida composta por muitos pontos de interesse e para quem deseja efectuar compras, as lojas são muitas, faz-me lembrar a Rua Augusta em Lisboa;
·“Arc de Triumphe” – Um monumento muito parecido com o Arco do Triunfo de Paris, apenas mudando a cor, em Barcelona de cor Terracota;
·Bairro Gótico – De ruas minúsculas, muitas vezes com a largura de menos de dois metros, é o exemplo de um bairro muito castiço e tradicional, com prédios de cinco e mais andares. E claro, não se conte o Sol chegar até nós;
·Casa Batló (Gaudi) – Um dos exemplos mais espectaculares que vi, no que respeita a arte e formas adoptadas, uma casa cheia de pequenos detalhes;
·Passeio Marítimo – Uma caminhada pela “Aldeia Olímpica”, percorrendo a marginal perto do mar, muito bonito. É também uma zona de grande animação nocturna, com diversos bares.
·“La Catedral” – Um edifício imponente ao melhor estilo da arte que se pode encontrar em Barcelona.
·“La Pedrera” (Gaudí) – Traços estonteantes.
·“La Sagrada Familia” – Um monumento que nos deixa sem palavras, algo de grandioso, fascinou-me, ainda que estivesse em construção.
·“Parque Güell” (Gaudí) – Uma visita libertadora, que nos afasta do grande centro urbano e nos permite uma vista panorâmica sobre a cidade maravilhosa.
Quanto à estadia, ficámos as duas primeiras noites no hostel Graffiti e a terceira no Mediterranean hostel. A última foi mesmo no aeroporto, já que o voo que nos levava a Amesterdão era de madrugada.
Amesterdão, 7 dias velozes a descobrir e a respirar o “Amsterdam style”, uma mistura de liberdade com cultura e civilização, metidos naquela arquitectura bordada dos canais.
Aqui, menos tempo para visitas à turista, mais tempo para curtir… Ainda assim, um passeio pelos canais é imprescindível. Há ainda edifícios históricos e alguns Museus de interesse, como o Rijksmuseum ou o Van Gogh passando pela casa de Anne Frank. Vondel Park, Leidsplein ou Heineken Experience são outros momentos incontornáveis nesta descoberta. Uma descoberta permanente, a pé, de bicicleta, de eléctrico ou de barco, percorrer os canais, as ruas das lojas, as praças, estender a tarde numa esplanada de um bar ou nas inevitáveis coffeeshops, atravessar duas ou três vezes o Red Light District…
Esta cidade tem uma qualidade de vida fantástica, como gostava de poder sair de casa de bicicleta e ir trabalhar. Mesmo com um frio de rachar, munidos até às orelhas lá passam os holandeses de bicicleta pela faixa destinada a velocípedes com direito a sinais de trânsito e tudo.
Em Amesterdão todos falam inglês, por isso não há qualquer problema de comunicação, seja para muito simplesmente comer, seja para comprarmos aquilo que quisermos dentro da área das “drogas leves”.
Relativamente à estadia, a primeira noite ficámos num hostel bem no centro da Red Light Zone, num quarto para 20 pessoas, e onde encontrámos pessoas de quatro ou cinco nacionalidades. As restantes noites foram passadas no excelente Hotel Sphinx, no convés do barco Marietta e num hostel católico!?!?!
Para a despedida, uma party privada no Hotel Sphinx, com direito a balões e tudo… e que festa… à meia noite já quase todos estavam deitados, tal não foi.
Sem dúvida uma viagem para recordar, uma verdadeira aventura, aconselho vivamente.