"'Out of many, one.’ David Moyes will repent at leisure the poignancy of Benfica’s club motto. He had warned his Everton players to beware the wiles of Benfica’s Latin American contingent, the magic of Pablo Aimar, the cunning of Javier Saviola and the elegance of Ramires. (...)
After Luisao nodded Aimar’s corner over Gosling, stationed on the right-hand post, to make it three goals in five minutes and four in total, Benfica at least had the decency to turn off the turbo"
in Telegraph.co.uk
“Se tu me perguntares como é isto possível – a memória da memória, nada mais que a memória – claro que eu não sei responder, e não por não existir «tu» nem «eu», como não existe «aqui» e «agora», mas porque tudo quanto existe é o passado recordado, não recuperado, atenção, não revivido no imediatismo do reino das sensações, mas simplesmente recapitulado.
E quanto mais do meu passado ainda consigo encaixar? A recontar a minha história a mim mesmo o tempo inteiro num mundo sem tempo, escondido sem corpo nesta grutada memória, sinto-me como se estivesse assim há um milhão de anos.”
Philip Roth, Indignation
Finalmente. Depois de espera prolongada,
chega o novo livro de Philip Roth "Indignação",
e com ele as insónias...
Chove! Ou Coruche que chora pela nossa partida ou Deus que mija depois de uma noite à moda dos homens!
Era uma tarde perdida. Perdida porque achada. Perdidamente, uma tarde. E eles foram. Os três e elas. As de sempre. Amigas, companheiras, ombros presentes na ausência de estados mais honestos. As garrafas, digo. Elas. O pássaro gigante levanta, e outro se levantará até ao poiso final. No sitio onde elas, já não as garrafas, também alteram os estados, políticos e dos corpos. As mulheres digo. Inicia-se a contenda, comparam-se estradas, carros, árvores, tudo o que há de fisico, como se uma mulher vestida de negro num país estrangeiro tivesse obrigatoriamente que estar de luto ou saber cantar o fado. Culturas chamemos-lhe, visto a ribalta-moda lhe dar azo.
Terra à vista, entrelaçam-se os presentes que nunca antes vistos são fruto de abraços sinceros e brindes desordenados mas assíduos. O tanque quente, a cigarrilha, a língua inglesa enquanto o sangue ferve. Não existem lumes brandos, nem bebidas suaves. O segredo despe-se na quantidade. Cutucam-se ambos e ingerem-se. O sangue está mais quente. O riso e a fúria de rir, onde outrora o choro e a vergonha adornavam estas faces naturalmente pálidas e estes corpos insistentemente matemáticos. O passado do subjugo das classes.
Trocam-se juras globais do tipo “tu vens a mim, porque eu hei-de ir a ti, porque ambos viemos aqui” aos países, digo. O email, o telefone a descrição do que há por lá em oposição ao que haverá por onde eles andam, sim nos países. Globalização aos molhos. Clickar é abraçar, um email uma epopeia. Seguiram-se as ressacas embora as juras se mantivessem. Condenara-se o dia pela manhã mal disposta. Puro engano. O toicinho fumado, a cerveja, o Jazz e o barco, juntos fariam mais pela humanidade que muitos ratos de igreja no seu lamuriar incessante, robótico, superficial porque automático. Atingem-se níveis de procriação mental naquilo que o som perfeito decora, os nossos lábios, as nossas vozes, os pensamentos, o toque. Até o vinho se engalanou perante tamanho repasto auditivo. O sangue ferve de novo. A tristeza matinal não era mais que o sono dos corpos convalescentes na ilha do prazer. Pizza e Zlibovizza. Um vento inerente, involuntário que abana árvores ébrias que ululantes devoram tudo. As quantidades. Um adeus solene que não o último, uns membros despedem-se. Os que ficam imaginam-se. E mais, e música, e cigarrilhas, e mulheres. Sim mulheres, mulheres, mulheres. Como parar? Mulheres, mulheres daquelas do requinte, das que o próprio deus ao fazê-las se arrependera de criar por não poder usufruir. Criador ou criatura? Criatura, obrigado! Barbecue, jazz, tourada metafórica e literal, sem parar, o figado estoira. Sim, estoira. De desejo, claro. Pena que os homens morram e os lugares existam. Pudéssemos nós ser todos os lugares e o acto de estar vivo epidemificava-se por cada sorriso original. Uma praga de felicidade, digamos. Pobres merdas, afogados no espaço e na irreversibilidade do tempo.
Atraca um barco atroz. Avião, digo. Um regresso feito de desgaste, de pena e de vontade. Vontade de partir de novo. Para outros lados, outras faces, outros alguéns, outras garrafas, outros emails. Viajar é uma droga, e o ser humano um viciado no vicio de se viciar. Hajam destinos, bolsos, coragem, imaginação e, acima de tudo, amigos e o mundo jamais será um lugar estranho. Estranho é não ir ao mundo contentando-se a ficar nele até que a morte nos fixe para sempre. Dever-se-ia dizer nos casamentos “até que a morte vos fixe”, porque parar é que é morrer.
Long life to Lietuva, dedicado ao Lushiukas ao Edgaras, para mais tarde recordarem
"Crossing the little river i put the foot,
I wet the sock i put the foot...."
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